sábado, 29 de março de 2014


FILARMÔNICA  25  DE  DEZEMBRO 60 ANOS DE MUITOS DOBRADOS

Por Clóvis Gonçalves 29/3/2014



Filarmônica 25 de Dezembro
Na noite desta sexta-feira (28/3) às 21h00 em sua sede social situada na Rua coronel Elpídio em Irará a Lítero Musical 25 de dezembro( Filarmônica) comemorou os seus 60 anos de contribuição social. A cerimônia de abertura, contou com as presenças prefeito e vice prefeito de Irará, Derivaldo Pinto Cerqueira e Josias Nunes respectivamente, o ex ministro da Integração Nacional João Santana, representado a Polícia Militar do estado da Bahia o comandante da 5ªCIA/Irará Capitão Juarez Santos, o poder legislativo foi representado pelo presidente da Câmara Municipal de Irará, Antonio Carlos Alves e o vereador Franscinaldo Avena Xavier ( PTB) o secretário de Cultura José Américo Moraes fez um breve pronunciamento homenageando o criador e o primeiro presidente da Filarmônica 25 de dezembro, e os últimos presidentes que dirigiram a entidade, e a população Iraraense que tem na filarmônica 25 de dezembro um dos maiores patrimônio cultural e social, também um dos seus maiores orgulho.


Ex Presidentes, o atual Diógenes Barbosa (camisa azul)
Após o descerramento das faixas dos bustos em homenagem a Dr. Alberto Nogueira, fundador da Filarmônica 25 de Dezembro, representado pelo seu filho José dos Santos Nogueira, o outro homenageado e o segundo presidente da entidade, o médico, o desportista, que além da música, também é apaixonado por futebol, refiro-me a Dr. Deraldo Campos Portela, que 40 anos da sua vida foram dedicados a Filarmônica 25 de Dezembro feita pelo prefeito Derivaldo Pinto, seguindo com a exibição um documentário retratando sobre a história Filarmônica, onde foram lembrados todos os maestros, alguns não mais entre nós fisicamente,como o músico Alfredo da Luz,  os atuais bravos e apaixonados músicos também fizeram alguns depoimentos, como a música e a instituição Filarmônica 25 de Dezembro transformaram as suas vidas, a exemplo do militar aposentado Joelmo (Grujó) Nivaldo Cerqueira, um dos filho de Alfredo da Luz deixou três das suas semente nas fileiras da Filarmonica, além de Nivaldo, Sinho e Gigi, e tantos outros músicos também foram  lembrados.

Professora Dilma Leão
HISTORIA - A professora Dilma Leão, geógrafa de formação acadêmica, mas apaixonada por historia, após encerramento do evento fez um breve relato ao repórter Clóvis Gonçalves da rádio Irará FM sobre a historia das Filarmônicas em Irará. Ela começa dizendo que o seu pai tocou nas primeiras filarmônicas de Irará, e também na terceira filarmônica que era a União Iraraense,que teve as suas atividades encerradas em 1950, com isso deu que  origem a 25 de Dezembro, ela cita que a historia das filarmônicas em irará é muito interessante, ressalta a professora Dilma Leão, ela diz  que em Irará tinham duas filarmônicas, desde do final do século 19, na década de 70, a filarmônica  25 de julho não existe data precisa, ela foi convidada para se apresentar na inauguração da estação de ferro que ligava as cidades de Alagoinhas, a Juazeiro, e existia uma outra filarmônica denominada Filhos do Progresso, segundo os memoristas de Irará ligados em filarmônicas, inclusive José Aristeu Nogueira um dos fundadores da Filarmônica 25 de Dezembro, que existia muitas rivalidades entre elas, até o ensaio era as escondidas para não revelar quais seriam os dobrados que iriam tocar, em algumas festas local,(relato do livro escrito por José Aristeu nogueira). 

Afirmativa da professora Dilma Leão, era que Irará é uma terra musical, em cada local, encontra-se um músico mesmo sendo amador, ela relata que a filarmônica surgiu do desmembramento da 19 de Junho que foi a mais antiga, era formada por uma classe mais privilegiada da cidade,(elite) ao contrário da Filhos do Progresso, formada por várias categorias profissionais, mas quando as duas se apresentavam aqui na cidade, contam que as mulheres ricas ostentavam com muito orgulho o símbolo da filarmônica 19 de Junho e a acompanhavam, já a Filhos do Progresso que era formada por várias categorias profissionais, (artistas Iraraenses) e os artistas naquela época eram carpinteiros, pedreiros, alfaiates, marceneiros, cabeleleiros, esses é que eram os chamados de artista, tanto que em Irará existia o Montepio dos Artistas Irararenses, Alberto Nogueira era o fundador da quarta filarmônica de Irará, atualmente a Filarmônica 25 de Dezembro, teve esse nome de batismo segundo o seu fundador, "Enquanto existir natal existirá a Filarmônica 25 de Dezembro" a partir daí, Irará passou e ser reconhecida como a cidade da música, e também possuir os melhores músicos. 

As filarmônicas da época eram convidadas para se apresentarem nas cidades mais importantes, do estado da Bahia, ficamos um grande período sem ter filarmônica,  as pessoas já estavam habituadas ao som dos dobrados das filarmônicas anteriores, o que fez os diretores das últimas filarmônicas e músicos formaram a terceira filarmônica chama da União Iraraense, a sua fundação aconteceu na casa de Elpídio Nogueira, e Alberto Nogueira deve ter participado da formação da nova filarmônica, teve o nome de União Irarense, sendo  Alberto Nogueira o seu último presidente, concluiu a professora Dilma Leão.